A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl) - Crítica



Transexualidade, é um assunto deveras controverso, sendo sempre um tema que fomenta muita polêmica. Sobretudo no caso de Einar Wegener/Lily Elbe, interpretado por Eddie Redmayne (Teoria de Tudo), conhecido como um dos primeiros casos já registrados de cirurgia de redesignação sexual(vulga mudança de sexo). Pintor de paisagens, Einar aflora seu lado feminino, quando uma das modelos de sua esposa falta. Situação onde se veste de mulher, pousando para ela, a também pintora Gerda Weneger (Alicia Vikander de Ex Machina), poder completar seu trabalho. Assim nasce Lily.

A transformação de Redmayne é incrível, pois consegue ter a sensibilidade necessária para dar vida e intensidade ao personagem. Sua atuação surpreende pela eficácia em conseguir assumir seus conflitos internos e expor os trejeitos femininos, passando de Einar para Lily naturalmente. Já Alicia Vikander atua regularmente, convencendo no papel de esposa inconformada, porém nada de excepcional. Também somos apresentados a  Hans Axgil (Matthias Schoenaerts), um amigo de infância de Einar. Os três dão a história um mal formado e desenvolvido triângulo amoroso.

Além de uma trilha sonora de época que dá o tom certo ao filme, um figurino e ambientações muito bem produzidos, a temática faz um paralelo com a dificuldade de aceitação e o preconceito aos homossexuais e transgêneros que mudou pouco ou quase nada até hoje. A história culmina a transformação física e psicológica de Einar em Lily, com o drama de sua esposa em aceitar a situação, em uma narrativa lenta e previsível.

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