Com um marketing incrível e grande apelo dos fãs, a produção de Deadpool quase foi arquivada pelos estúdios Fox. Após o lançamento do esquecível X-Men Origens: Wolverine, o mercenário nada tagarela nesse filme, teve sua essência e imagem deturpados, pois não lembrava em nada o tão adorado personagem das HQ’s, quando muito, podia ser comparado a uma mistura de Spawn com o lutador Baraka do Mortal Kombat. O projeto de um filme solo, parecia fadado ao fracasso, passando nas mãos de Robert Rodriguez e desacreditado pela Fox.
Entretanto, o “fator de cura” do filme, foi tão impressionante quanto o do próprio personagem. Em agosto de 2014, uma cena teste para o filme vazou na internet, resultando não somente no reaquecimento do coração dos fãs, mas dos executivos da Fox, detentora dos direitos do mercenário tagarela.Ryan Reynolds, dessa vez exibiu todo o potencial que não conseguira demonstrar anteriormente interpretando Deadpool. Dirigido pelo conceituado diretor de efeitos especiais Tim Miller (Avatar, Thor: O mundo sombrio). A força e a união dos fãs pela internet, juntamente ao apelo do personagem, pressionaram a Fox reavivar o projeto do filme, agora com uma produção de baixo orçamento, dando a Miller, a oportunidade de estrear na direção. Não é preciso dizer que a performance de Reynolds o trouxe para o filme.
O longa é uma das mais honestas produções cinematográficas de heróis baseados em quadrinhos já realizadas, pois consegue assertivamente trazer o amago do falastrão dos quadrinhos, tanto na abordagem visual, quanto a quebra da quarta parede, características essas, já consagradas em suas histórias, de uma maneira muito engraçada e inteligente na história, através duma metalinguagem sagaz e elaboradíssima. Reynolds faz uma performance digna a Deadpool, tal qual Robert Downey Jr. para Tony Stark. Morena Bacarin (Firefly, Homeland,Gothan) como Vanessa Carlysle contracena e completa a atuação de Reynolds como par romântico, sendo a donzela em apuros. Cabe a Deadpool, Colossus (Andre Tricoteux) e Negasonic Teenage Warhead (Brianna Hildebrand), salvar ela do homem que transformou Wade Wilson em Deadpool. Francis Freeman/Ajax (Ed Skrein, o primeiro Daario Naharis de Game of Thrones) e sua ajudante Pó de Anjo(Gina Carano, lutadora de MMA)
Desde a origem do personagem às cenas de ação, o ritmo humorado em toda sua jornada de 108 minutos, Deadpool comprovou que é possível a partir de um baixo orçamento, com um roteiro bem conduzido, realizar um filme que agrade todas as partes: fãs, estúdio, bilheteria. Com liberdade, Deadpool foi um filme responsável, entregando o qque queríamos e precisávamos.Inicia 2016 com o pé direito e já garantindo uma sequência. Agrada os fãs e não fãs do gênero quadrinhos, que gostam ou não do linguarudo. Fazendo com que a Fox suba no conceito de muitos que torcem o nariz para os filmes até agora produzidos. Não há como não continuar torcendo, que esse universo do estúdio ao menos encontre o MUC.
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