Jessica Jones - Crítica



Em 2001, Brian Michael Bendis, talvez não imaginasse que uma criação sua, receberia tanto prestígio e qualidade. A HQ acabou criando um novo selo para Marvel, o selo MAX, onde a histórias usaria personagens da editora, porém com temática mais adulta. Imaginaria ainda menos, que o sucesso e o potencial de Jessica Jones, renderia uma série 14 anos depois.

A série televisiva, fortemente inspirada na HQ Alias citada anteriormente, segue o mesma linha de séries urbanas com heróis "menores" da editora. Apresentando-os a um novo público e resgatando o já habitual e fiel, no mesmo universo cinematográfico dos filmes e demais séries. Jessica(Kristen Ritter) é uma mulher adulta que possui uma agência de investigação, Alias(Codinome). No melhor do estilo noir, é uma investigadora particular, que como ela mesmo diz "pode fazer as coisas do jeito que os outros não fazem" e esse é seu maior diferencial. 

Com 13 episódios, a história não é sobre a origem da personagem, e ainda menos sobre poderes, mas sobre uma mulher solteira, moderna, que se vira como pode com o que tem. Além dos seus poderes e sua habilidade de investigação, é sobre como uma mulher pode ser tão forte e durona, sem os estereótipos habituais, e ainda ser profundamente sensível.  Foca na relação com sua irmã adotiva/ melhor e talvez única amiga, Patsy Walker e com o drama de ter sido violentada, física e psicologicamente durante 8 meses por Kilgrave. Interpretado pelo carismático David Tennant(10 ºDoctor Who). Um vilão que consegue controlar as pessoas de maneira que elas ajam exatamente como ele as diz pra fazer, através de controle mental. E menção honrosa a Luke Cage(mike Colter) que tem papel importante na trama,e ganhará sua própria série em 2016.

Jessica não se aceita como heroína, mas Kilgrave é sua motivação, para que outras pessoas não tenham que sofrer o que ela sofreu. Sim. Abuso é o termo mais recorrente da série. De forma muito inteligente, a série retrata de forma recorrente, mas não massante a questão do abuso que as vítimas do vilão sofrem. E apesar de todo seu carisma, temos um vilão realmente psicopata, que age por puro egoísmo, que não está ligando para a consequência de seus atos.

Em tempos onde o maior meme em nosso país é "Já acabou, Jéssica?", espero realmente que a Netflix diga não e renove a série para uma segunda temporada, e vos digo, a missão não será nada fácil, pois é uma personagem relativamente nova e com pouquíssimas histórias de alta qualidade. Ainda sim a torcida é grande.

4 comentários:

  1. Jessica Jones é apenas uma das grandes apostas que a Marvel tem feito no universo televisivo. Outro dos títulos do momento, que tem reunido aplausos da crítica e dos espectadores norte-americanos, é Supergirl, série ancorada no canal CBS e que volta a entregar o papel principal a uma mulher (neste caso, Kara Zor-El, prima do famoso Super-Homem). Abraço, Richard de Gravataí

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    1. Richard, concordo que é uma grande aposta. E uma bem arriscada, pois a personagem não é conhecida do grande público(diferente de Demolidor que teve filme solo). Mas acredito que apesar, de ter uma mulher como protagonista, a série consegue ser eficaz para qualquer público.
      Quanto a Supergirl, ainda não pude assistir, então não posso opinar.
      Agradeço seu comentário. Abraço

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  2. Richard, concordo que é uma grande aposta. E uma bem arriscada, pois a personagem não é conhecida do grande público(diferente de Demolidor que teve filme solo). Mas acredito que apesar, de ter uma mulher como protagonista, a série consegue ser eficaz para qualquer público.
    Quanto a Supergirl, ainda não pude assistir, então não posso opinar.
    Agradeço seu comentário. Abraço

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  3. Richard, concordo que é uma grande aposta. E uma bem arriscada, pois a personagem não é conhecida do grande público(diferente de Demolidor que teve filme solo). Mas acredito que apesar, de ter uma mulher como protagonista, a série consegue ser eficaz para qualquer público.
    Quanto a Supergirl, ainda não pude assistir, então não posso opinar.
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