Creed: Nascido para lutar - Crítica


Michael B. Jordan (Poder sem limites, Quarto Fantástico), é Adonis Johnson, um jovem que viveu de lar em lar, chegando a parar no reformatório por conta de suas brigas. Filho do lendário Apollo Creed, decide seguir a carreira do pai, mas quer ser treinado pelo maior algoz que seu pai já tivera Rocky Balboa(ainda que óbvio, sim, é Silvester Stallone). O background do personagem principal é suscinto e eficiente.

É interessante vermos Stallone desta vez mais com sua veia dramática, e não como astro de ação, fator que pode incomodar os fãs mais xiitas do ator. Entretanto, possui contraste muito bem equilibrado com Michael B. Jordan, sendo a química entre os dois  muito bem explorada, sobretudo, por Adonis ter crescido sem o pai, e Rocky podendo corrigir todos os erros cometidos na relação com seu filho, não sendo um pai presente e tendo um relacionamento conturbado conforme apresentado na franquia. Mentor e aprendiz.
A performance de Sly, talvez seja a melhor e mais sincera em sua carreira até agora. Rocky trava uma luta diferente de todas que já teve e Adonis, quer ser alguém do seu jeito, sem ser a sombra de seu falecido pai, porém respeitando o legado deixado. 

A história não apresenta nada de realmente novo à "saga", ainda sim, a direção de Ryan Cogler (do premiado Fruitvale Station - A Última Parada) que também assina o roteiro, é bem conduzida. O filme brinca e conta com todo o respeito e seriedade,  a história do ninguém que vira alguém da noite pro dia, do romance bobo, ao treinamento, anos apresenta qual o resultado da luta final de "Apollo X Rocky" em Rocky III. Essas e outros pontos, são replicados ao longo da trama, que  nos mostra um novo personagem sem ferrir nem martiriza o que já fora estabelecido.

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