Star Wars: O Despertar da Força - Crítica



Desde que a Disney assumiu a franquia, havia uma enorme curiosidade e expectativa sobre seu futuro. Quando J.J. Abrams, foi nomeado como diretor do primeiro filme da nova triologia, a maioria dos corações nerds do mundo inteiro, tiveram uma fagulha de uma nova esperança. Trocadilho propositalmente colocado, pois quando George Lucas entregou a obra de sua vida, pra um dos maiores estúdios cinematográficos de todos os tempos, gerou uma desconfiança enorme.

O tempo passou, a expectativa só aumentou com cada teaser e trailer novo que saía, pois hoje é raro essas ferramentas de marketing não entregarem a surpresa nos filmes. A produção do filme já ganha um enorme respeito de todos os fãs pelo zelo em não "estragar" a experiência. Sem dúvida, o filme mais aguardado do ano, não só por mim, mas por milhares de fãs, que quiseram garantir o ingresso antecipado, para poder assistir antes que a internet e redes sociais fosse tomada por Spoilers.

Pra quem já conhece a franquia, é praticamente impossível não se arrepiar com a abertura de John Williams e o letreiro habitual contextualizando o espectador dos acontecimentos até aquele momento. A jornada do herói de Joseph Campbell, está presente novamente. O que aconteceu com os Jedi? O que houve com Luke Skywalker? Finn, o injustiçadamente criticado personagem interpretado por John Boyega, antes que o filme sequer estreasse, funciona muito bem, com uma atuação muito autêntica, o personagem nos brinda com seu carisma, humor atrapalhado. É através dele, que nos identificamos no filme. Sua química com a enigmática e solitária Rey, interpretada por Daisy Ridley, é um dos pontos altos, aliado aos momentos com os personagens clássicos como Chewbacca e Han Solo. Poe Demeron, faz as vezes do astro piloto rebelde e dono do dróide BB8, que possui um importantíssimo papel na história. Sem contar na motivação do vilão Kylo Ren, que possui um forte conflito entre o que é e o que era. A busca em torno do "último" Jedi, Luke Skywalker, é o que move a história. Falar mais que é isso, seria dar Spoilers. E esse não é o intuito aqui.

Você vai ver coisas que já viu em todos os outros filmes, ainda sim, vai ter a mesma emoção a ver um sabre de luz ligado por um Jedi(ou não) pela primeira vez. Assistir a Millenium Falcon voando. Ouvir os clássicos grunhidos de Chewie e o incomparável sarcasmo e canastrice de Han. Em momento algum, há menosprezo dos roteiristas para com os espectadores. O filme é muito transparente nesse sentido, sendo fácil sacar o quem são os personagens ou o que vai acontecer, mas essa facilidade é proposital e vem de uma maneira tão intrigante, que deixa várias perguntas no ar.

Minunciosamente cuidadoso com o universo já estabelecido,  é assertivo quando se propôs a apresentar para uma nova geração, mantendo a força da base de fãs já estabelecida. Possui falhas pequenas como na exploração de algumas atuações um pouco mais sinceras e participações de alguns personagens de forma mais consistente. Nada que prejudique a experiência do todo. Também  não chega a superar as expectativas criadas em torno da inovação ou ousadia, esperada pelos fãs. Evidentemente, deixa cada vez mais latente o porquê amamos Star Wars, e o motivo pela qual essa franquia irá atravessar gerações.

Um comentário:

  1. Muito legal sua crítica. Também tive a mesma impressão por se tratar da Disney. De modo geral, o filme foi bem satisfatório e agradou aos fãs. Esse novo elenco ainda vai ser muito explorado pela Disney. Parabéns pelo texto Guilherme. Abraço.

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